sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz!

" Era uma vez um trovador. Dizem que era um homem extraordinariamente belo, bonito sob todos os aspectos e cheio da força e do espírito da juventude. Sua família, rica e respeitada, o vestia com os mais deslumbrantes veludos e dourados. Sua popularidade entre as moças era imcomparável. Nada lhe faltava. Não precisava trabalhar para viver e tinha uma multidão de amigos que o amavam e admiravam.
Como bravo soldado que era, foi para a guerra com a bênção de toda a cidade. Na batalha, que via como uma espécie de jogo, enfrentava o inimigo com um sorriso nos lábios, tal era a sua autoconfiança diante do perigo. Mas um dia, derrubado de seu cavalo, foi arrastado inconsciente pelo cavalo, pois seu pé ficara preso ao estribo. Quando despertou, já era noite. Estava deitado de costas numa clareira próxima a um lagoa, olhando para o céu. Era uma noite sem lua, mas de céu estrelado. Tudo era silêncio. Ao olhar para uma estrela muito brilhante, toda a sua vida e seu significado passaram à sua frente.
Caiu inconsciente outra vez, e veio uma febre que tomou conta do seu corpo durante duas semanas. Já em casa, para onde finalmente retornou, muita gente veio visitá-lo - padres, bispos, o prefito da cidade e até m cardeal.
Até que, numa certa manhã, seus olhos se abriram ao som do canto de um pássaro. Tudo o que o rapaz queria era trazer o pássaro para mais perto e poder ouvir melhor o seu canto. Apesar de muito fraco, levantou-se da cama e tentou pegá-lo, mas o pássaro voou para o telhado do lado oposto ao seu quarto. Nesse momento ele se lembrou do céu da meia-noite na clareira. Sua última lembrança era a visão de uma estrela que brilhava enquanto sua vida se esvaia.
Uma grande festa foi organizada para celebrar a recuperação da sa[ude desse jovem tão amado por sua família e respeitado por todo o povo da cidade. Amigos de todos os lugarem vieram particepar da celabração, mas o encontraram mudado. Ele descobrira que não gostavqa mais das diversões que costuma desfrutar tampouco se interessava pelas roupas deslumbrantes com que seus pais o presenteavam. Só pensa no céu daquela noite e na estrela brilhante. Ao vê-lo imerso nesse sonho, as pessoas perguntavamo que o preocupava tanto. Ao ouvir a resposta, porém, punham mais um copo a sua frente, dizendo 'Você vai se recuperar'.
A vontade de sair da cidade e ir para o campo, onde havia relva e flores, aumentava a cada dia. Certa vez, deitou-se no chão, colocou os dedos das mãos e dos pés na terra úmida do prado e lá ficou, com o rosto colado ao chão a tarde inteira. Num outro dia, encontrou uma linda pedra comberta de areia e brilhante e passou muito tempo comtemplando-a. Era uma pessoa totalmente diferente do guerreiro confiante que saíra para a batalha.
Agora passava o dia inteiro no campo,. Seus pais sentiam que estavam predendo aquele filho maravilhoso de quem dependiam ára levar a família adiante, assumir os negócios e talvez um dia se tornar governador da província. Ele os amava e lhes sorria, mas mesmo assim eles o estavam perdendo pouco a pouco.
Até que um dia o jovem percebeu o quanto amava a Deus. O Deus que não dissera nada no escuro céu da meia-noite, mas que se encontrava no céu estrelado, o Deus que estava no pássaro que cantara uma canção para despertá-lo, o Deus que estava na terra boa e úmida onde para deitar-se, o Deus que estava nas papoulas que lhe deslumbravam os olhos com seu vermelho chamejante, no zumbido das abelhas e no colorido das asas das borboletas. Ele percebeu que esse Deus que ela amava era a dádiva oculta que o rodeava. Todos os esforços da família tentando de todas as formas animá-lo, foram inúteis.
Um dia no meio de uma grande festa, o jovem se despiu na frente de todos os convidados. Quis dar-lhes um sinal de que não pertencia mais a essa vida. Com uma canção no coração, saiu da cidade, um pedaço de tecido rústico combrindo-lhe o corpo. Mais tarde, encontrou o lugar onde faria o seu lar e começou a construí-lo com pedras, em meio às chuvas geladas do inverno. Seu culto a glória de Deus era o reino da terra.
A Maior contribuição que o céu lhe deu foi a verdadeira beleza que existe dentro dos homens e mulhres. Ele caminhava pelos campos, e os pássaros e animais iam até ele. Uma vez, um grande leão da montanha veio deitar-se aos seus pés.
Por que ele chamava todas essas coisas de irmãos e irmãs? Porque ele as sentia realmente com seus irmãos e irmãs. O leão deitou-se pacificamente aos seus pés porque viu naquele homem uma grande luz, e nessa luz estava tod sua força.
Esse homem viveu o resto de sua vida como uma glória de Deus que surgiu dentro dele. Ele cantou a glória da vida e tentou educar as pessoas, não em doutrina, mas na simplicidade do conhecimento. Ele não vivia nenhuma hipocrisia, era totalmente dedicado a Deus. Foi odiado e desprezado porque tentou brilhar na escuridão."
Esta é uma história real. O famoso jovem era São Francisco de Assis.

Esse é mais um trecho de um livro fantástico chamado " O Ritmo da Vida " - por Matthew Kelly.

Um comentário:

"A Biografia de Um Coração" disse...

Todos os rios correm para o mar, e o mar não se enche.
Ao lugar para onde correm os rios,
pra lá tornam eles a correr.
Todas as coisas são canseiras,
tais que ninguém as pode exprimir.
Os olhos não se fartam de ver,
nem se enchem os ouvidos de ouvir.

 
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